Mais uma vez, o Inter inicia o Campeonato Brasileiro sonhando com o título. Porém, desta vez, o sonho parece um tanto mais longe da realidade do que em épocas recentes. Apesar de ter chegado à vice-liderança na temporada passada, tendo brigado pela taça até a última rodada, o time colorado começou 2021 se reconstruindo.
Miguel Ángel Ramírez ainda tenta impor um novo sistema de jogo, mas tem pouco tempo até para treinar. Até agora, os resultados não foram bons, nem a maioria das atuações, mas o técnico segue amparado pela direção e, neste domingo, comando o Inter diante do Sport, no Beira-Rio, pela primeira rodada.
O grupo é basicamente o mesmo que esteve sob o comando de Abel Braga. À exceção de Rodinei, que fez a sua despedida contra o Always Ready, quarta-feira, nenhum jogador considerado titular saiu. Entretanto, o esquema é completamente diferente. Com Abel, o Inter priorizava a marcação, partindo para os ataques de forma rápida e incisiva. Com Ramírez, o time usa o chamado jogo de posição. É mais lento, valoriza a posse da bola e busca os espaços para chegar ao gol com segurança.
Por ser diferente e mais complexo, o novo método precisa de tempo para ser aprimorado. A princípio, esse prazo está garantido pelos dirigentes. “Todos nós buscamos a excelência, mas às vezes isso não ocorre na velocidade que todos nós gostaríamos”, observou o vice de futebol, João Patrício Herrmann, em entrevista à Rádio Guaíba.
Ele garante que os jogadores estão assimilando as ideias de Ramírez, apesar das atuações mais recentes terem desgostado a torcida. “Todos nós temos completa confiança que o Inter avançará. Chegou a hora do momento decisivo. Agora, vivemos momentos importantes e queremos mostrar nosso potencial. Sou um dos mais entusiasmados com o trabalho e acredito que a equipe está evoluindo um pouco a cada dia”, diz Marcelo Lomba.