O novo status sanitário gaúcho a partir da concessão do certificado de Estado livre de febre aftosa sem vacinação, confirmado nesta quinta-feira(27), pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), vai refletir nos negócios pecuários inclusive dentro do Brasil. Com esta nova organização, Estados como Santa Catarina devem voltar às compras com força da genética gaúcha, segundo a avaliação do leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva.
Para o especialista, essa abertura de fronteiras vai melhorar a venda da genética do Rio Grande do Sul. “Esse fato de as fronteiras estarem fechadas há tanto tempo e só poder introduzir por embriões, vai fazer com que a procura tanto de machos quanto de fêmeas seja muito grande. Já tivemos contatos de criadores de Santa Catarina que nos consultaram sobre preços de touros pensando em antecipar as compras porque os números têm sido bem maiores do que no Rio Grande do Sul”, salienta.
Silva reforça que não só a genética mas o gado de reposição vai ter uma procura muito grande, pois os preços no mercado catarinense estão entre 20% a 30% acima dos praticados no Rio Grande do Sul. “O gado comercial terá um volume significativo. O terneiro, aqui no Estado, andamos praticando o valor de R$ 15 e no território catarinense está por volta de R$ 20. Acho que teremos uma demanda acentuada e assim que tivermos essa liberação o pessoal que tem remates programados irá sentir positivamente os efeitos”, observa.