O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, se manifestou, nesta quinta-feira, a favor da voto impresso. Em vídeo publicado no Twitter, o pedestista relembrou que, há 25 anos, quando o país passou a usar a urna eletrônica, Leonel Brizola, líder do partido, defendeu a impressão de uma confirmação do voto, se necessário, para permitir a conferência. “Esse é o segredo de toda democracia no mundo: a possibilidade de recontagem”, defendeu Lupi.
Na fala, o presidente do PDT, de Ciro Gomes, afirmou que apesar de “algumas pessoas à direita defenderem a impressão do voto” não é por isso que vai “deixar de defender aquilo que é para a democracia saltar”. O movimento que pede o retorno do voto impresso ganhou força nos últimos anos e é endossado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo projeções do TSE, a instalação de impressoras nas urnas eletrônicas de todo o país pode custar cerca de R$ 2,5 bilhões, nos próximos dez anos, além de causar uma série de transtornos a partir do ano que vem, como aumento nas filas e no número de equipamentos com defeito. Quando a isso, Lupi garante que não “existem recursos maiores para garantir a liberdade de expressão e a democracia, do que investir na conferência do voto”. “Sem a impressão do voto, não há possibilidade de recontagem. Sem a recontagem, a fraude impera”, finaliza.
No dia em que a urna eletrônica completou 25 anos, a Câmara de Deputados instalou uma comissão especial para debater a PEC, de autoria da deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), que torna o voto impresso obrigatório.