Na véspera do início dos trabalhos da CPI da Covid no Senado, cuja reunião de instalação está prevista para esta terça-feira (27), a defesa do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, considerado alvo certeiro da investigação, acredita ter afastado boa parte dos riscos representados pelas declarações do ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten. “A loucura do Fábio foi desconstruída”, diz assessor que atua na equipe da defesa do ex-ministro.
O grupo comemora as manifestações de apoio do presidente Bolsonaro ao general, feitas desde a sexta-feira. O presidente promoveu diversas aparições públicas ao lado do ex-ministro, deixando clara sua ligação com o auxiliar, e fez referências em defesa de seu trabalho. Bolsonaro também teria cobrado explicações de Wajngarten, que alegou pensar “estar ajudando”.
Apesar da confiança no descrédito do ex-auxiliar do governo, manifesta pela defesa de Pazuello, a convocação do ex-secretário para depor na CPI é dada como certa e será explorada politicamente por adversários do Planalto. Wajngarten chegou a ser apelidado de “novo homem-bomba”, por alguns.
“Deveria ser o primeiro!”, declara auxiliar direto do senador Renan Calheiros (MDB/AL), provável relator da comissão de inquérito. A expectativa é de que o emedebista apresente seu plano de trabalho ainda esta semana. “Vai ser necessária uma organização por temas, como vacina, cloroquina, aglomerações… Porque vai chover requerimentos de convocação”, avalia a fonte.
*Com informações da colunista do Portal R7, Christina Lemos