Daqui no meu canto em Itapuã-Viamão – um lugar de rara beleza e que possuiu uma natureza pujante com várias espécies de plantas, árvores, e animais como lebre,tatu, mulita,graxaim, cobras de várias espécies,pássaros e muitas espécies de animais silvestres, observo o tempo passar, ilhada que estou desde março de 2020, afastada dos microfones da Rádio Guaíba, ao vivo, pela idade e pela pandemia,então invento coisas, escrevo, componho, leio, planto, cuido dos animais de estimação, meus e dos outros, enfim… Daí resolvi por em prática a minha outra profissão que é Terapeuta Holística devidamente registrada na ABTH com alguns cursos e principalmente Oficina de Ervas Medicinais.
Hoje mexendo na terra encontrei algumas plantas que nasceram do nada e que recomendo e passo a receita para quem gosta de uma alimentação mais natural e de aproveitar o que a terra te oferece. Quer dizer:não nasceram do nada, não, pois segundo os índios Xavantes da Aldeia Caçula de Água Boa, Mato Grosso, com quem privei na Capital, alguns anos atrás, por alguns dias, em setembro de 2002, e onde aprendi muito proseando com o Pajé Tsebupá, “o homem branco não tem o hábito de olhar ao redor das casas e perceber que o remédio que ele precisa está ali bem ao seu alcance”… pura sabedoria !
Essas plantas não chegam à mesa normalmente e fiquem sabendo que elas são lindas, e também um alimento delicioso.
Indicadas para o equilíbrio vital, são fonte de ferro, sais minerais e vitaminas, sendo que algumas ainda possuem também usos medicinais.
Essas e outras plantas comestíveis são facilmente cultiváveis, constituindo-se em fonte alimentar alternativa, de alto rendimento e baixo custo.
Podem estar na mesa – da salada à sobremesa. Não são daninhas, são é danadas de boas! E a nossa saúde agradece
Por exemplo: a Capuchinha que se come em salada a folha e a flor , O Caruru que muita gente considera inço , cozido como espinafre é uma gostosura.
Vocês já devem ter visto aí mesmo na Cidade Grande nalgum canteiro, na rua,o Dente-de-Leão que quando criança a gente brincava pegando e assoprando aquele tufinho com pluminhas brancas, é uma maravilha para fazer uma chá para a febre.
Ora-pro-nóbis se come em salada e é também medicinal tanto folhas, flores e frutos.
E quando vamos tomar um chimarrão, prá quem gosta de colocar um “jujo”, logo lembramos da carqueja, da macela, da hortelã, do boldo, enfim.
Bueno, vou lhes repassar uma receita que é uma delícia principalmente agora que já está esfriando um “pouquito”.
CREME VERDE
Os ingredientes são estes:
2 xícaras de plantas picadas ( agriões, capuchinhas, caruru, urtigas, cerefólio, erva cidreira…)
1 cebola picada
Iogurte natural
Nata ou creme de leite
Sumo de limão, mel e pimenta pra quem gosta.
Modo de fazer:
Misturar todas as plantas e a cebola com ½ pote de nata, ou creme de leite e o iogurte natural desnatada. Temperar com sumo de limão,mel e pimenta (opcional)
Dicas para acompanhamento:
Carne assada fria, carne cozida, peixe assado ou ainda com ovos.
Muita gente fala que aqui tem tesouros enterrados no Morro da Grota, na área do Parque Estadual, nas redondezas, mas ainda não se deram conta que o verdadeiro tesouro é a própria natureza que nos rodeia.
Vamos preservar e cuidar desta preciosidade.