O Rio Grande do Sul atingiu redução de 38% na fila de pacientes aguardando remoção para um leito de unidade de terapia intensiva (UTI). Na tarde desta segunda-feira, havia 155 pessoas nessa condição em território gaúcho. Em 5 de abril eram 247.
A maior parte destes pacientes está em emergências hospitalares e pronto atendimentos em Porto Alegre. Até às 15h, a capital tinha 96 pessoas em estado grave esperando transferência para um leito de alta complexidade.
A fila de espera por UTI é reflexo da pressão que a rede hospitalar do Estado ainda sofre. Nesta tarde, a taxa de ocupação geral das UTIs é de 87,3%. São 2.953 pacientes para 3.383 leitos, sendo que desse total 69% receberam diagnóstico positivo para o coronavírus.
A carga segue maior nas vagas destinadas à rede particular, que está com ocupação de 96,8%. Nas regiões Metropolitana (104%) e nos Vales (159%) não há mais vagas disponíveis nessa modalidade de atendimento.
Já os leitos da rede pública atendiam hoje com 83,8% de lotação. As regiões de Uruguaiana (107%) e Cachoeira do Sul (100%) seguem com as maiores taxas de ocupação.
Em Porto Alegre a ocupação das UTIs permanece crítica. Atualmente, a lotação é de 97,7%. Há há 936 pessoas em estado grave para 972 vagas. Conforme a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), oito dos 18 hospitais monitorados não dispõem de leitos de alta complexidade. Os cenários mais críticos ocorrem nos hospitais Conceição (147,37%) Moinhos (127,27%) e São Lucas (118,64%).
Além disso, há pressão sobre as emergências adulto em instituições e unidades de pronto atendimento (UPAs). Nesta tarde, o Hospital de Clínicas e as UPAs da Bom Jesus e Cruzeiro do Sul seguiam trabalhando duas vezes acima da capacidade suportada.