Porto Alegre concentra, nesta quarta-feira, 60,25% dos pacientes à espera de transferência para um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) no Rio Grande do Sul. Até às 15h, havia 94 pessoas nessa situação na capital, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Ao todo, o estado contabiliza 156 pacientes em estado grave esperando na fila de remoção para um leito de UTI. Ontem, havia 160 pessoas nessa condição, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES).
No entanto, as UTIs seguem com alto índice de atendimento, tanto em nível estadual quanto em Porto Alegre. Na Capital, a taxa de ocupação é de 97,06%, com um total de 956 pacientes para 991 leitos disponíveis. Desses, 632 com diagnóstico confirmado de coronavírus. Esse é o menor número de pacientes infectados pela doença em leitos de alta complexidade no município desde o dia 4 de março. Na ocasião, havia 638.
Dos 18 hospitais monitorados pela SMS, metade deles opera com as unidades de terapia intensiva no limite ou acima da capacidade nesta tarde. Os piores cenários são observados no Conceição (142,37%), Moinhos (130,30%) e Ernesto Dornelles (125%). Além disso, as emergências adulto do Hospital de Clínicas e das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Bom Jesus, na Zona Leste, e da Cruzeiro do Sul, na Zona Sul, atendem um número de pacientes duas vezes acima da capacidade.
Já no estado, embora a queda na ocupação geral das UTIs seja mais acentuada, o nível permanece elevado. Nesta tarde, a lotação é de 89,13%, menor marca desde fevereiro deste ano. Segundo a SES, são 3.028 pessoas em estado grave para 3.397 leitos.
A rede privada permanece sobrecarregada com 101,2% de lotação, por conta de haver mais pacientes do que leitos de alta complexidade em quatro das sete macrorregiões do Rio Grande do Sul. Já a taxa de ocupação dos 2.457 leitos do SUS é de 84,5%. Já das 21 regiões Covid distribuídas pelo modelo do distanciamento controlado, três (Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Uruguaiana) não tinham vagas de UTI disponíveis nesta tarde.