Com curva em alta, Brasil é o 16º em mortes por milhão de habitantes

País teve crescimento de 191% na média de óbitos semanais em menos de 2 meses. Recuperados se aproximam dos 12 milhões

Foto: Ricardo Giusti/CP

Com 13.445.006 casos confirmados e 351.334 óbitos por covid-19, o Brasil é o 16º em número de vítimas fatais por milhão de habitantes e o segundo em números absolutos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A situação se demonstra ainda mais preocupante pela aceleração na média móvel de mortes semanais. Desde 21 de fevereiro, a curva de óbitos em um intervalo de sete dias não para de crescer.

Naquela data, o país contabilizava uma taxa de 4,88 óbitos por milhão de habitantes. Na semana que terminou neste sábado (10), o índice chegou aos 14,21, ou seja, um ganho de 191,1% no ritmo na taxa de mortalidade.

Em relação aos Estados Unidos, país com mais mortes acumuladas no mundo, em 21 de fevereiro, a taxa de óbitos por covid-19 era de 5,71 por milhão de habitantes. Nesta sexta, o índice havia caído para 2,96.

Cabe ressaltar que lá foram aplicadas 54,86 vacinas para cada 100 habitantes, enquanto o brasil chegou à marca de 14,1. Ou seja, uma diferença de quase quatro vezes na análise proporcional dos dados.

Em números absolutos, os EUA injetaram 183,47 milhões de imunizantes nos braços de seus cidadãos. Já o Brasil aplicou 30.163.771 milhões de seringas, seis vezes menos comparado aos norte-americanos.

Os dados foram compilados pelo R7 com base no vacinômetro, Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e no Our World in Data, plataforma que reúne informações sobre a pandemia em todo o mundo e organizadas por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Reino Unido.

Líder na aceleração dos óbitos

O Brasil não está na frente apenas dos EUA quando se analisa taxa de mortalidade por covid-19. O País tem a maior curva acelerada de mortes entre as cinco nações com mais óbitos.

O México, por exemplo, onde quase 210 mil pessoas perderam a vida pela doença, tinha, até sábado (10), índice de 5,76. Para comparar com o Brasil, em 21 de fevereiro, quando a taxa começou a subir aqui e não parou mais, o índice lá era de 6,54 óbitos a cada 100 habitantes. Portanto, no México a curva de mortes semanais perdeu ritmo.

Total de mortes (números absolutos)

Estados Unidos – 561.783
Brasil – 351.334
México – 209.212
Índia – 169.275
Reino Unido – 127.324
Itália – 113.923

Total de mortes (por milhão de habitantes)

República Tcheca – 2.589,79
San Marino – 2.504,57
Hungria – 2.402,71
Bósnia e Herzegovina -2.224,45
Montenegro – 2.173,35
Bulgária – 2.065,35
Bélgica – 2.021,45
Macedônia – 2.007,32
Eslovênia -1.977,94
Eslováquia – 1.920,82
Itália – 1.884,21
Reino Unido – 1.875,56
Estados Unidos – 1.697,22
Portugal – 1.685,38
Peru – 1.658,38
Brasil – 1.622,64

Média móvel de mortes semanais (por milhão de habitantes)

Brasil – 14,21
Itália – 7,61
México – 5,76
EUA – 2,96
Reino Unido – 0,54
Índia – 0,48

Média móvel de mortes semanais em 21/02/2021 (por milhão de habitantes)

Reino Unido – 7,20
México – 6,54
Estados Unidos – 5,71
Itália – 5,06
Brasil – 4,88
Índia – 0,07

Balanço

Neste sábado (10), o Brasil registrou 2.616 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com os dados enviados pelos estados ao Ministério da Saúde e ao Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde). O número de novos casos diganosticados da doença até as 18h de ontem é de 71.832.

O Ministério da Saúde indica ainda que 11.838.564 pacientes já se recuperaram da covid-19. Outras 1.255.108 pessoas estão em acompanhamento.