O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), apresentou, na manhã deste sábado, uma sugestão aos prefeitos da Região Metropolitana para que se reúnam e discutam a retomada da cogestão no Modelo de Distanciamento Controlado, do governo do Estado. A manifestação foi feita a todos os prefeitos da Granpal, que reúne os municípios da Região Metropolitana.
Melo, que nesta semana anunciou que a cogestão havia terminado para ele, sugeriu um encontro na próxima segunda ou terça-feira. Em seguida, a ideia é discutir uma posição com o governador Eduardo Leite (PSDB). O tucano anunciou também nesta semana que pretende retomar a cogestão no dia 22 de março, que foi suspensa há três semanas, diante do agravamento do quadro da pandemia no Estado.
Assim, Melo espera conseguir uma posição clara sobre como funcionará a cogestão. “Se a cogestão é para valer e é definitiva mesmo, posso até reavaliar voltar para ela. Mas se é para ter uma semana de cogestão, outra semana não tem, ou também o governador fazer os protocolos sem discutir com os prefeitos e não deixar nenhuma brecha de flexibilidade e ficarmos respondendo como cogestores e tudo estará fechado nas nossas cidades. Ao invés de baterem na porta do governador, vão bater nas dos prefeitos”, manifestou Melo, que desde a transição discutia a possibilidade de Porto Alegre ter uma bandeira única no Modelo, por ser a Capital do Estado.
Melo disse que mudou de posição após conversas com o governador Eduardo Leite (PSDB) e membros do Comitê do Covid estadual. “Entendi que a cogestão era o caminho da divisão de responsabilidades e, portanto, de cooperação. Tanto que a prefeitura de Porto Alegre aderiu aos protocolos já na primeira semana de governo”, pontuou. Porém, com a suspensão, questionou: “Sou cogestor do que, se não decidi nada?”
Desde que houve a suspensão da cogestão, chamado por Melo como “rompimento unilateral”, o prefeito de Porto Alegre tem focado em uma série de iniciativas, como abertura de leitos, e também adotado mudanças no funcionamento do sistema de saúde. Mesmo assim, a sobrecarga ainda é grande.