Começou a ser montada, na tarde desta sexta, a estrutura do primeiro hospital de campanha para tratar pacientes de Covid-19, desde o início da pandemia, em Porto Alegre. Diferente de estruturas similares construídas no país para atender casos leves e moderados da doença, o Hospital de Campanha do Exército, que vai funcionar em anexo ao Hospital Restinga e Extremo-sul, vai contar com oito leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 12 leitos de enfermaria.
A escolha pela capital gaúcha, de acordo com a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, se deu pela demanda de leitos neste momento. “Uma vez que o maior tensionamento na busca por leitos está na região Metropolitana de Porto Alegre, fizemos uma avaliação junto ao município e decidimos pela instalação na capital, ao lado do Hospital Restinga, para que pudesse haver remanejo de equipes de profissionais de saúde, que é a contrapartida do município para o funcionamento dessa estrutura”, explicou a secretária.
Os módulos que formarão o Hospital de Campanha do Exército chegaram nessa manhã à capital diretamente de Manaus. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) transportou a estrutura, que pousou nessa madrugada na Base Aérea de Canoas. “O hospital de campanha do Exército é único. É preparado para combate e para situações de calamidade. É diferente de todos os outros em sua estrutura”, afirmou a comandante do Hospital de Campanha do Exército, coronel Ocilene Vargas.
O hospital pode ter a capacidade de atendimento em UTI ampliada se forem agregados mais equipamentos, como respiradores, esclarece a militar. Os aparelhos para o funcionamento do hospital chegarão de Manaus até a próxima terça-feira, deixando a estrutura apta para receber pacientes. A montagem das três barracas, cada uma com 48 metros quadrados, deve ser concluída ainda nesta sexta.