Bolsonaro sanciona leis para facilitar compra de vacinas

Medidas preveem dispensa de licitação e regras mais flexíveis para a aquisição de insumos e serviços

Foto: Reprodução/TV Brasil

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou nesta quarta-feira leis que vão ampliar a capacidade de aquisição de vacinas pelo governo federal. As medidas permitem facilitar a compra de imunizantes contra a Covid-19, prevendo a dispensa de licitação e também regras mais flexíveis para a aquisição de insumos e serviços necessários para a aplicação.

Pela nova lei, a aplicação de vacinas deve seguir o Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde. Além disso, o texto autoriza estados e municípios a comprar e aplicar o imunizante caso a União não adquira doses suficientes para os grupos de risco.

“Somos incansáveis desde o primeiro momento na luta contra a pandemia. Desde o início do resgate de brasileiros que estavam em Wuhan. Fomos um exemplo para o mundo. Várias medidas tomamos. A medida de lockdown no ano passado visava tão somente colocar leitos de UTI em hospitais. O governo não poupou esforços para atender estados e municípios. Nenhum governador reclamou de falta de recursos para que tivesse hospitais, respiradores e UTI”, afirmou Bolsonaro, durante cerimônia de sanção no Palácio do Planalto.

O país não adotou, em 2020, nenhum lockdown, mas apenas medidas de distanciamento social como fechamento de parte do comércio e de outras atividades.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também participaram do evento, no início da tarde desta quarta-feira. O presidente defendeu as medidas tomadas pelo governo sobre compra de vacinas e também de programa social para a população mais vulnerável.

“Adotamos o maior programa social do mundo, que foi o auxílio emergencial. Atendemos aqueles conhecidos como invisíveis. Não desamparamos o povo brasileiro. Não se tem notícia no mundo de um projeto social de tamanha envergadura. Em junho, assinamos acordo com a AstraZeneca/Oxford. Em dezembro, assinamos medida provisória pra que fosse dispensado recurso de R$ 20 bilhões. Até o final do ano teremos mais de 400 milhões de doses disponíveis aos brasileiros”, garantiu o presidente.

Ele citou ainda durante o discurso o ministro Marcos Pontes, que “busca a feitura de uma vacina brasileira”, e a delegação brasileira, que retorna nesta quarta-feira de Israel, onde buscou parcerias para medicamentos e vacinas.

O presidente também voltou a falar de hidroxicloroquina, sem comprovação científica em relação ao uso contra a Covid-19. “Muitos têm sido salvos no Brasil com esse atendimento imediato, inclusive eu busquei esses produtos, como a ivermectina, annita, hidroxicloroquina”, afirmou.

Bolsonaro participou, na segunda-feira, de videoconferência com o presidente da Pfizer, Albert Bourla. Na ocasião, ficou acertado o adiantamento de mais 5 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 para maio e junho, totalizando 14 milhões de doses.