O agravamento da pandemia do coronavírus levou o sistema de saúde de São Leopoldo, no Vale do Sinos, a atingir os piores números desde o início da pandemia, em relação a internações. Conforme a prefeitura, somando os pacientes no Hospital Centenário e os da Unidade de Pronto Atendimento Zona Norte, o número chega a 105 pessoas.
O Hospital Centenário opera acima da capacidade máxima nos leitos de UTI e clínicos, com taxa de ocupação de 111% e 110%, respectivamente. Já a UPA Zona Norte registra 200% de lotação, com 44 pacientes para uma capacidade de 22.
O prefeito Ary Vanazzi admite que a situação no município é muito grave. “Estamos no momento mais grave dessa pandemia, até aqui ninguém precisou sair da cidade em busca de atendimento, mas quero reforçar e fazer um apelo que entendam o que estamos vivendo. Fizemos enormes investimentos no preparo e no cuidado de toda a nossa saúde, mas a pandemia segue avançando, não temos vacina suficiente para nossa população, nosso Hospital Centenário lotado, nossa UPA lotada, nossos profissionais esgotados, precisamos que a nossa população siga colaborando, evitando aglomerações, usando máscara, para evitarmos uma tragédia”, desabafou o prefeito.
Procura por testes cresce no município
O Centro de Testagem Municipal (CTM), localizado no Ginásio Municipal Celso Morbach, onde é realizada a testagem ampliada da população para detectar infecções do coronavírus, registra, a cada semana, um aumento significativo na procura pelo atendimento.
Em média, o número de atendimentos era de 40 por dia. Atualmente, é possível contabilizar uma média de 200 atendimentos por dia, além de um aumento de 50% na detecção de casos positivos de Covid.
Conforme a enfermeira Talise Fernandes, que atua diretamente no Centro de Atendimento Covid, também localizado no Ginásio Celso Morbach, com o aumento da demanda de testes rápidos, o número de casos também apresentou crescimento, principalmente após o período do Carnaval.
O CTM aplica testes rápidos e coletas de Swab de pacientes agendados pela Vigilância Epidemiológica, ou mesmo pacientes atendidos no Centro de Atendimento ao Covid (CAC), no horário das 8h ao meio dia e das 13h às 17h.