Pelo segundo dia seguido, RS registra ocupação de UTIs acima de 100%

Na capital, quase 70% dos pacientes que recebem tratamento intensivo já tiveram sintomas de coronavírus

Foto: Ricardo Giusti / CP

O Rio Grande do Sul mantém pelo segundo dia consecutivo a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) acima dos 100%. Até às 18h desta quarta-feira, eram 2.945 pacientes para um total de 2.907 vagas.

Desse total, 1.887 pessoas tiveram diagnóstico de coronavírus confirmado, outras 232 seguem esperando o resultado dos exames, e 826 recebem tratamento devido a outras enfermidades.

Diante desse cenário, a ocupação total dos leitos de UTI chega a 101,3%, índice superior aos 100,2% registrado ontem à tarde. Nesse intervalo de 24 horas, o Estado abriu 89 novos leitos de UTI, mas 123 pacientes acabaram precisando receber tratamento intensivo, fazendo com que, mesmo com a abertura de vagas, a situação não tenha sido aliviada.

A rede privada é a que ainda mais sofre diante do avanço do coronavírus, com taxa de ocupação de 132,3%. Já a lotação dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) tiveram um salto de ontem para hoje, passando de 89,4% para 91,3%.

Já entre as macrorregiões, os Vales (120,1%), a Serra (111,8%) e a Metropolitana (102,1%) seguem apresentando os piores indicadores.

Em Porto Alegre, quase 70% das internações em UTIs relacionadas à Covid-19

O número de internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da capital por conta do coronavírus voltou a bater recorde, nesta quarta-feira. O sistema de monitoramento das UTIs tinha, às 18h, 561 pacientes com a doença confirmada. Além disso, havia 69 aguardando os exames, apesar de terem os sintomas da doença.

Se forem somados os casos confirmados com os suspeitos o total chega 630 pessoas, ou 66,87% dos 942 pacientes que recebem tratamento intensivo na rede hospitalar em Porto Alegre.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI era de 102,73%, no mesmo horário. A marca reflete diretamente nos hospitais – dez deles operando com lotação máxima ou acima da capacidade: São Lucas (100%), Ernesto Dorneles (100%), Divina Providência (100%), Vila Nova (100%), Restinga (100%), Santa Ana (100%), Santa Casa (101,35%), Clínicas (109,58%), Independência (120%) e Moinhos de Vento (130,30%).

Entre os hospitais referência no tratamento à doença, apenas o Conceição, com taxa de ocupação de 97,65%, seguia operando abaixo da capacidade total.

*Atualizada às 18h