Pela primeira vez desde o início da pandemia, a rede hospitalar do Rio Grande do Sul registrou, nesta terça-feira, lotação acima de 100% nas unidades de terapia intensiva (UTIs), considerando as redes pública e privada. Às 15h, o índice era de 100,2%, ante 96,9% registrado ontem. De acordo com dados estaduais, eram 2.824 pacientes internados para 2.818 leitos existentes. Ou seja, seis pacientes a mais do que o suportado pela estrutura. Do total, 62,3% eram pacientes com diagnóstico de Covid-19 e 7,5% pacientes com suspeita da doença. No fim da tarde, o índice geral caiu para 99,6%, com dez leitos livres de um total de 2.827.
No início da tarde, a maior sobrecarga de leitos ocorria sobre os privados – com 133% de atendimento. Já os leitos da rede pública tinham taxa de ocupação de 89,4%. Na semana passada, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) anunciou o acionamento da fase 4 do Plano de Contingência do Coronavírus, que autoriza o uso de qualquer estrutura hospitalar para o atendimento de pacientes com coronavírus. A decisão sinaliza o momento mais crítico da pandemia em solo gaúcho – com todas as regiões em bandeira preta, de nível epidemiológico altíssimo, desde o sábado passado. Como forma de frear o contágio, o Estado também cumpre, até 7 de março, o fechamento de atividades não essenciais das 20h às 5h.
Até o momento, 12.654 pessoas morreram vítimas da Covid-19 no Rio Grande do Sul. De ontem para hoje, 185 mortes foram reportadas pelo boletim diário da SES – o maior número desde o início da pandemia. Além disso, o Estado já contabiliza 649.678 casos confirmados de infecção, 93% envolvendo pacientes que se recuperaram. Assim, a taxa de mortalidade passa a ser de 111,2 a cada 100 mil habitantes.