As escolas de Educação Infantil e 1º e 2º anos do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino iniciaram, na manhã desta quarta-feira, o ano letivo 2021. Com protocolos sanitários, educadores e alunos começaram as atividades escolares. Nesse primeiro momento, a dinâmica das instituições será fazer a adaptação dos estudantes aos cuidados necessários em decorrência da pandemia. O sistema de revezamento alternado já prevê o distanciamento mínimo de 1,5 metro para os alunos nas salas de aula, garantindo uma frequência média de 42%, podendo, em alguns casos, chegar a 60% da capacidade total.
Nas escolas Eni Medeiros, no bairro Jardim Carvalho, e Tia Beth, no bairro Bom Jesus, o movimento foi tranquilo e com pouca adesão de alunos. A partir de hoje, a rede privada também está autorizada a funcionar, de forma presencial ou híbrida, para as mesmas faixas etárias.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), desde a segunda-feira, as escolas vêm se preparando para a recepção aos alunos. Com base em imagens do Centro Integrado de Comando da Cidade (CEIC), 15 da 33 instituições monitoradas estavam funcionando normalmente na manhã desta quarta-feira. A pasta deve divulgar durante a tarde de hoje um balanço da adesão dos alunos desse primeiro dia letivo.
Greve de educadores a partir de 1º de março
Em assembleia, realizada de forma virtual na noite dessa terça-feira, os educadores vinculados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) anunciaram que irão promover uma greve a partir da próxima segunda-feira (1°). A orientação da entidade é que não haja atendimento presencial nas escolas nesta semana. A decisão é uma resposta da categoria à posição adotada pela Prefeitura de Porto Alegre de retomar as aulas na Educação Infantil e nos primeiros e segundos anos do Ensino Fundamental.
De acordo com o sindicato, existe falta de segurança sanitária nas escolas em razão do alto índice de contaminação, internações em UTI e óbitos por Covid-19. Na assembleia, o Simpa anunciou que enviou ofício à Smed exigindo imediata suspensão das aulas, com o estabelecimento do ensino não presencial.
O Sindicato também anunciou que entrou com ação na Justiça para que as aulas não reiniciem, em virtude da gravidade do atual do momento, para não pôr em risco a vida de centenas de pessoas. A ação se baseia na crise enfrentada pela capital gaúcha, na decretação da bandeira preta e nas orientações do Conselho Municipal de Educação (CME) e documentos enviados por entidades da saúde que corroboram a impossibilidade de as atividades presenciais serem retomadas no atual cenário.