O governador Eduardo Leite debateu, nesta terça-feira, a situação da região Sul do Brasil, em relação à pandemia de coronavírus, com os governadores de Santa Catarina, Carlos Moisés, e do Paraná, Ratinho Júnior. No encontro virtual, os três decidiram encaminhar um ofício conjunto ao Ministério da Saúde. “Queremos destacar os pontos aos quais o Ministério da Saúde precisa estar atento”, resumiu Leite, em relação à região Sul. Entre eles, a disponibilização de medicamentos necessários nas UTIs, o custeio de leitos de tratamento intensivo e a distribuição de doses de vacina.
Os governadores de Santa Catarina e do Paraná relataram mudanças significativas em relação à pandemia, semelhantes ao que acontece em solo gaúcho. Foram citados a mudança no perfil – com pacientes mais jovens, sem comorbidades e que permanecem mais tempo internados – e o aumento rápido e crescente no número de internações e de casos confirmados de Covid-19. A circulação de novas cepas do coronavírus também preocupa Paraná e Santa Catarina, além da possibilidade da falta de medicamentos necessários ao tratamento dos pacientes e da dificuldade de reposição de recursos humanos para operar os leitos de UTI.
Os três Estados criaram um grupo de trabalho para compilar dados que permitam trocas e monitoramento conjunto da situação. Também devem ser alinhados os protocolos de enfrentamento à pandemia, para coordenar ações.
UTIs e excesso de mortes
Na manhã desta terça, a taxa de ocupação de leitos de UTI adulto no Rio Grande do Sul era de 86,4%; a de Santa Catarina de 89,02% e a do Paraná, de 91%.
De acordo com o Comitê de Dados, o Rio Grande do Sul, com 5,4% da população nacional, correspondeu a 1,9% do excesso de óbitos acumulados no país durante a pandemia em 2020. O Paraná, com população semelhante, respondeu por 3,1%. Santa Catarina, com 3,4% da população brasileira, correspondeu a 1,6%.