Comissão de Ética da Assembleia deve apurar caso de Ruy Irigaray

Deputada Luciana Genro pediu instauração de processo disciplinar para apurar supostas denúncias em relação a colega do PSL

Foto: Joel Vargas/Agência ALRS

A deputada estadual Luciana Genro (PSol) encaminhou, nesta quarta-feira, um requerimento à Corregedoria da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa pedindo a instauração de processo disciplinar para apurar supostas denúncias feitas em relação ao deputado Ruy Irigaray (PSL).

A base do pedido é a denúncia divulgada em reportagem de que o deputado pode estar envolvido “em atos incompatíveis com o decoro parlamentar”, como utilização de assessores parlamentares para realização de tarefas de cunho pessoal, como cuidados com crianças e animais domésticos e reforma da residência. Há, ainda, a denúncia de suposta prática de “rachadinha” e indícios da manutenção de um “gabinete do ódio”.

“As denúncias são graves e precisam ser apuradas pela Comissão de Ética da Assembleia, que é o órgão responsável por zelar pelo decoro parlamentar de todos os deputados. Até para que o deputado tenha a oportunidade de se defender, é importante a celeridade do processo”, disse Luciana Genro.

O requerimento pode resultar na perda de mandato parlamentar na Assembleia. O pedido vai ser analisado pelo corregedor da Comissão de Ética, para verificar se o caso atende aos requisitos para uma representação na Comissão. Atualmente, o corregedor da Comissão de Ética é o deputado Fernando Marroni (PT), mas o cargo pode sofrer alteração com a eleição do novo comando da Comissão, que deve ocorrer nas próximas semanas.

O deputado Ruy Irigaray nega as acusações. Ele fala que as duas ex-assessoras que fizeram as acusações tentaram “imputar vários fatos” a ele. Irigaray alega que houve adulteração de documentos do gabinete e outros crimes correlacionados e, inclusive, tentativa de extorsão.