Parte das escolas particulares de Porto Alegre retoma as aulas presenciais nesta quarta-feira. Como os colégios da rede privada possuem autonomia no calendário escolar, cada instituição decide quando iniciar o ano letivo. De acordo com o Sindicato do Ensino Privado gaúcho (Sinepe-RS), 30% da rede privada começa as aulas hoje, mas a maior parte – 60% das escolas – iniciam as atividades na próxima segunda-feira (22). Algumas instituições, cerca de 10%, iniciaram ainda na semana passada o ano letivo.
“É bem importante que a gente alerte que não existe uma data fixa para que todas as escolas da rede privada voltem. Cada escola tem autonomia para determinar a volta às aulas desde que cumpridos os 200 dias letivos e as 800 horas. Mas o que temos de relato até agora é de muita segurança e felicidade por parte dos alunos”, afirma o presidente do Sinepe-RS, Bruno Eizerik.
O retorno às escolas é facultativo, ou seja, os responsáveis decidem se querem enviar os estudantes para as instituições. No Centro Histórico da Capital, por exemplo, o Colégio La Salle Dores providenciou todas as adaptações necessárias para o início do ano letivo de 2021 em conformidade com os protocolos sanitários municipal e estadual. A instituição, assim como as demais, estará atendendo com o modelo híbrido, com aulas presenciais e remotas. O Sinepe solicitou ao governo do Estado a mudança nessa regra, de modo que a volta às aulas seja presencial e obrigatória, com exceção a alunos do grupo de risco. Entretanto, o executivo não atendeu ao pedido.
Na última segunda-feira, o governo do Estado publicou um novo decreto que retira o limite de 50% de ocupação nas salas de aula para a realização de atividades presenciais em creches, escolas e universidades públicas e privadas. Com a mudança, a limitação passará a ser calculada pela distância entre as classes, que continua sendo de, no mínimo, 1,5 metro. A decisão vale para todas as regiões, independente da classificação no mapa de Distanciamento Controlado.
“Foi até um pedido que o próprio Sinepe encaminhou ao governo. Se nós temos o distanciamento entre os alunos, se nós temos as medidas sanitárias, não temos por que limitar o número de alunos se a sala comporta com segurança todos os estudantes daquela turma”, explica Eizerik.