A Assembleia Legislativa e o Ministério Público do Rio Grande do Sul deverão investigar as denúncias em relação ao deputado estadual Ruy Irigaray (PSL). As supostas acusações são de rachadinha e de que servidores teriam que executar serviços particulares para o deputado.
Em nota, a Assembleia informa que tomou conhecimento por meio da reportagem que denunciou os atos. “O caso será imediatamente encaminhado aos órgãos competentes do Poder Legislativo para averiguar as denúncias e providências cabíveis”, diz a nota assinada pela superintendência de Comunicação e Cultura da Assembleia.
O Ministério Público Estadual informou, por meio de nota, que no dia 9 de fevereiro, duas pessoas compareceram à Promotoria Especializada Criminal de Porto Alegre e prestaram declarações que “em tese pode se configurar como possíveis atos de improbidade administrativa, que importariam enriquecimento ilícito, causariam prejuízo ao erário público e atentariam contra os princípios da Administração Pública” pelo deputado e assessores a ele vinculados.
O MPE afirma que o processo está em sigilo e que foi encaminhado à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. Foi designado o promotor de Justiça Flávio Duarte para acompanhamento do expediente. “Dessa forma, o Ministério Público do Rio Grande do Sul busca o esclarecimento de todo e qualquer fato, para que sejam tomadas as medidas legais cabíveis, caso haja a comprovação de ilícitos”, conclui a nota.
Defesa
Em reação às acusações, em vídeo nas redes sociais, o deputado Ruy Irigaray rejeitou os crimes e afirmou que as duas ex-assessoras que fizeram as acusações tentam ‘imputar vários fatos’ a ele. Cita que elas já estão sendo investigadas. Disse que houve adulteração de documentos do gabinete e outros crimes correlacionados e, inclusive, tentativa de extorsão. Afirmou que, por causa da pandemia e das restrições na Assembleia passou a despachar no seu escritório político, que é uma propriedade familiar, mas sem custos ao erário público.
Apuração
Nas redes sociais, deputados também se manifestaram pedindo a apuração das denúncias. Segundo a bancada do Novo, “os fatos são graves e merecem apuração”. Os deputados do partido como membros da Comissão de Ética vão avaliar, com os desdobramentos das investigações, as medidas cabíveis. A deputada Luciana Genro (PSol) também publicou dizendo ser necessária a investigação.