O governo do Rio Grande do Sul monitora com atenção o possível agravamento da pandemia do coronavírus na divisa com Santa Catarina. O estado vizinho registrou um aumento no número de casos de Covid-19 na região Oeste, principalmente no município de Chapecó.
Com isso, o Departamento de Gestão da Atenção Especializada, que organiza a oferta de leitos nas regiões do Rio Grande do Sul, e o Departamento de Regulação, que providencia as transferências de uma cidade ou região para outra, de acordo com a necessidade e a disponibilidade de vagas em leitos clínicos e de UTI, estão em alerta.
Segundo a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Lisiane Wasem Fagundes, a Região Covid mais próxima à divisa com Santa Catarina é a de Erechim, que está com uma taxa de ocupação 61,4%.
“Mas isso não é sinal de que podemos ficar tranquilos. A rede hospitalar no RS é bastante potente e organizada e mantém contato constante com a SES. Mesmo assim, os gestores dos hospitais estão sendo contatados para que possamos formar a retaguarda necessária em caso de agravamento dos casos na divisa com Santa Catarina”, explicou Lisiane.
No processo de avaliação das bandeiras do Distanciamento Controlado, Erechim apresentou piora na avaliação de três indicadores que abrangem dados específicos da região, totalizando dois destes com avaliação de risco máximo (bandeira preta). Por conta disso combinado com a piora na avaliação de um indicador de velocidade de propagação da Macrorregião Norte, também houve elevação da média ponderada final para dentro dos parâmetros que colocaram a região em bandeira vermelha nesta semana.
Além de Erechim, a 41° rodada do Distanciamento Controlado classificou outras 15 regiões Covid em bandeira vemelha. As outras cinco regiões foram colocadas em bandeira laranja.