África do Sul opta pela vacina Johnson & Johnson e pode revender doses da AstraZeneca

Eficácia da dose britânica contra cepa sul-africana é baixa, conforme estudo

Foto: AstraZeneca / Divulgação / CP

A África do Sul anunciou nesta quarta-feira que está disposta a vender ou trocar 1 milhão de doses da vacina AstraZeneca, que descartou em favor do imunizante da Johnson & Johnson, após dúvidas sobre a eficácia da primeira contra a variante local do coronavírus. O país registra quase 1,5 milhão de infecções e 47 mil mortes. As informações foram divulgadas pela Agência France Presse (AFP).

No domingo, o país suspendeu o programa de vacinação programado para começar nesta semana com o produto britânico AstraZeneca/Oxford, após um estudo que revelou uma eficácia “limitada” contra a nova variante sul-africana, 501Y.V2. Os primeiros resultados do estudo da universidade de Witwatersrand (Joanesburgo), afirmam que AstraZeneca/Oxford é apenas 22% eficaz contra as formas moderadas da nova cepa e a eficácia contra as formas graves não é conhecida.

O ministro da Saúde anunciou que, em vista dos “resultados dos estudos de eficácia, (o governo) vai dar continuidade à planejada primeira etapa da vacinação, inoculando a vacina Johnson & Johnson em vez da AstraZeneca”. “A eficácia da vacina Johnson & Johnson contra a variante 501Y.V2 foi comprovada”, justificou Zweli Mkhize, sem esclarecer a data de início da campanha.