Apenas 57,5% dos moradores do Rio Grande do Sul em idade apta ao trabalho estavam empregados ou procurando trabalho no terceiro semestre de 2020. O dado, divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Governo do Estado, representa o pior índice da série histórica, iniciada em 2012.
Segundo a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), os dados são baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São classificadas como “pessoas em idade de trabalhar” todas as que tem acima de 14 anos.
Entre abril e junho do ano passado, 58,6% dos entrevistados apareciam sob a classificação ativa na Taxa de Participação na Força de Trabalho (TPFT). Enquanto isso, no terceiro trimestre de 2019, o grupo representava 64% da população gaúcha. Ou seja: a queda, em um ano, foi de 6,5%.
Desemprego bateu recorde no período
Quanto ao Nível de Ocupação (NO), que é o percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar, o indicador atingiu 51,5% em 2020 contra 58,3% no ano anterior. Em relação à taxa de desemprego no terceiro trimestre de 2020, o percentual chegou a 10,3%, o maior nível desde 2012.
“A recuperação econômica parcial no país e no Rio Grande do Sul, no terceiro trimestre de 2020, não foi suficiente para impedir a continuidade da queda do nível ocupacional e o aumento da desocupação verificados no mercado de trabalho”, ressaltou o pesquisador do Departamento de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, Raul Bastos.
O desemprego aumentou especialmente entre os homens (de 7,2% para 9,2%), os jovens de 15 a 29 anos (de 16,3% para 19,4%), entre as pessoas pretas e pardas (de 13,6% para 16,1%). As pessoas que possuem o Ensino Fundamental completo também sofreram mais com o impacto da pandemia da Covid-19, passando de 11,4% para 15,8%.