Investigado no STF, Pazuello fala que crise no AM foi “situação desconhecida”

Ministro da Saúde contou que cepa encontrada em Manaus está sendo estudada em conjunto com a Universidade de Oxford

Foto: Divulgação / Ministério da Saúde

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta terça-feira que o aumento de contaminações e internações pela Covid-19 em Manaus foi “uma situação completamente desconhecida para todo mundo”. Investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela atuação no colapso de saúde na capital do Amazonas, Pazuello voltou a afirmar que agiu para amenizar a crise e que o papel do ministério é somente de “apoio”.

“Tivemos salto da contaminação, triplicando o número de contaminados. Foi uma situação completamente desconhecida para todo mundo. Foi muito rápido”, disse o ministro, em evento para inauguração de reabertura do hospital Nilton Lins, em Manaus, que teve a capacidade de atendimento ampliada.

Pazuello apontou a variante da Covid-19 encontrada em Manaus como uma possível causa para o aumento das contaminações. Ele disse que a nova cepa está sendo estudada no Brasil e pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. “Mandamos todo o material coletado para Inglaterra para que tenha posição exata sobre grau de contaminação e agressividade da nova cepa. Tendência é que contamina mais, mas com grau de agressividade semelhante à anterior”, disse o ministro.

Oxigênio “equalizado”

Pazuello afirmou que o fornecimento de oxigênio para o Amazonas foi “equalizado”. Disse ainda que mais de 300 pacientes foram transferidos a outras regiões do país. “O objetivo é chegar a em torno de 1,5 mil pessoas removidas”, projetou.

O general voltou no último sábado a Manaus, na semana seguinte a uma passagem pela cidade que ficou marcada pela pressão pelo uso de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19, como a cloroquina. O ministério reitera que não há data para Pazuello deixar a cidade.