Em fevereiro de 2019, o recém-eleito senador Major Olímpio (PSL-SP) se candidatou à presidência do Senado prometendo alinhamento total com o presidente Jair Bolsonaro, que acabara de assumir o mandato.
Dois anos depois, o senador entra novamente na disputa à presidência da Casa, mas desta vez como oposição ao governo. No lançamento oficial de sua candidatura, nesta terça-feira (12), o policial militar vai usar como discurso político a aproximação de Bolsonaro com o PT.
O partido comandado pelo ex-presidente Lula declarou nessa terça-feira (11) apoio ao senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato do atual presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP) e do presidente Jair Bolsonaro. A formação do bloco de apoio a Pacheco, que agora reúne seis partidos: DEM, PROS, PSC, PSD, PT e Republicanos, e total de 29 senadores.
Na Câmara, o PT também se aliou ao DEM em torno na candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), mas está de lado oposto a Bolsonaro, que tem como candidato o alagoano Arthur Lira (PP).
Assim como em 2019, a candidatura de Major Olímpio terá o papel de marcar posição. Há dois anos atrás ele retirou a candidatura no dia da eleição em apoio a Alcolumbre e para derrotar Renan Calheiros (MDB-AL). Com a maior bancada no Senado, que pode chegar a 15 senadores com novas filiações nesta semana, o MDB ainda não definiu o seu candidato e está entre o líder da bancada, Eduardo Braga (AM) e a presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Simone Tebet (MS).
Braga tem apoio dentro da bancada, e Tebet tem capacidade de trazer aliados do Muda Senado. O grupo, que reúne 18 senadores, tem outros nomes para a presidência da Casa, como Alvaro Dias (Podemos-PR) e o próprio Major Olímpio, mas pode acabar apoiando um candidato mais competitivo de fora do bloco no dia da eleição.
O Muda Senado é composto atualmente por: Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Alvaro Dias (Podemos-PR), Carlos Viana (PSD-RJ), Eduardo Girão (Podemos-CE), Fabiano Contarato (Rede-ES), Flávio Arns (Rede-PR), Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS), Leila Barros (PSB-DF), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Major Olímpio (PSL-SP), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Marcos do Val (Podemos-ES), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Plínio Valério (PSDB-AM), Reguffe (Podemos-DF), Rodrigo Cunha (PSDB-AL), Soraya Thronicke (PSL-MS) e Styvenson Valentim (Podemos-RN).