Às vésperas do início da campanha de vacinação contra a Covid-19, prevista para começar ainda em janeiro, conforme o Ministério da Saúde, a prefeitura de Porto Alegre trabalha na consolidação do plano de distribuição. Por isso, na semana que vem, o Executivo municipal se reunirá com a reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que será uma das principais parceiras na aplicação e armazenamento das doses.
Pelo menos dois encontros já foram agendados: o primeiro deles contará com a presença do prefeito Sebastião Melo (MDB), enquanto o segundo será conduzido por dois secretários da Administração. A instituição de ensino, que chegou a colocar à disposição quinze superfreezers para o condicionamento de vacinas em baixíssimas temperaturas, como exige a fórmula da Pfizer/BioNTech, ainda não sabe o papel que exercerá na força-tarefa.
“Já conversamos com o prefeito sobre a questão do Pacto Alegre, e ele também já está marcando a reunião com a reitoria da universidade – possivelmente já para a próxima semana. Faremos ao máximo para atender a tudo que as prefeituras solicitarem. Estamos à disposição da sociedade”, afirma o pró-reitor de Inovação e Relações Institucionais da UFRGS, Geraldo Jotz.
A universidade atua na linha de frente do combate à Covid-19, junto da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desde o início da pandemia. A infraestrutura da UFRGS é utilizada para o processamento de grande parte dos testes realizados em Porto Alegre. O armazenamento dos exames também está sendo realizado pela instituição – que guarda todo o material genético que recolheu até o momento.
UFRGS tem mais 50 mil testes RT-PCR à disposição
O Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS) recebeu, nessa quinta-feira (7), mais 50 mil testes RT-PCR do Ministério da Saúde. Os exames, que possuem valor estimado de R$ 3 milhões, serão utilizados em caráter preventivo, dentro da comunidade da UFRGS, e também na população em geral do Rio Grande do Sul. O processamento dos dados será feito em dois leitores novos, adquiridos pela universidade em dezembro.
“Nós temos um protocolo de Covid-19 dentro da universidade – no qual, sistematicamente, as pessoas que estão trabalhando nos laboratórios de pesquisa são submetidas ao exame. Este processo é realizado mesmo naquelas profissionais que não apresentam sintomas. E, também, atendemos a todas as demandas que são repassadas pela prefeitura da Capital”, garante Jotz.