A Secretaria da Educação definiu o calendário escolar de 2021 para a rede estadual de ensino no Rio Grande do Sul. De acordo com a pasta, o início do ano letivo será dividido em três datas e de forma híbrida, ou seja, com aulas presenciais e remotas. Em 8 de março, as aulas começam para os alunos do Ensino Fundamental 1 (1º ao 5º ano). No dia 11 do mesmo mês iniciam as atividades escolares para estudantes do 6° ao 9° ano. E no dia 15 de março, para alunos do Ensino Médio e Técnico.
O secretário Estadual da Educação, Faisal Karam, explica que as escolas deverão trabalhar com ocupação de 50% das salas, sempre respeitando os procedimentos sanitários, como distanciamento, uso de máscara e utilização de álcool em gel. As atividades com os demais alunos será realizada de forma online. Caberá às instituições e coordenadorias regionais definirem como serão essas atividades e a divisão do atendimento aos alunos. “Nós vamos voltar agora em 2021, a partir de março, levando em conta todos os protocolos, materiais de higiene e recursos humanos que cada escola tiver. Nós não temos mais como viver mais um ano sem atividades presenciais”, afirma.
Conforme o secretário, todas as 2.477 escolas estaduais estão aptas a retornar às atividades e atender os alunos. Também neste ano o governo irá manter a contratação de temporários e terceirizados para realizar o serviço de limpeza e higienização das escolas, além da substituição eventual de professores. O investimento estimado é de R$ 270 milhões incluindo compra de materiais, serviços e equipamentos.
Ainda segundo o governo do Estado, os colégios têm até 31 de janeiro para concluir o ano letivo de 2020. A orientação é que os professores repassem relatórios às coordenadorias regionais apontando os conteúdos oferecidos no ano passado e quais os pontos necessários que deverão ser retomados no início do próximo ano letivo. Os educadores também participarão de uma segunda formação onde a Secretaria irá orientar sobre o uso dos equipamentos tecnológicos disponibilizados e que serão utilizados, principalmente, no ensino à distância no decorrer do ano.
Na avaliação do secretário, a tentativa de retomada das aulas presenciais no final de 2020 foi “tímida e fraca” em decorrência da curva de internações e mortes pela Covid-19. Com a possibilidade de chegada da vacina contra a doença, Faisal Karam espera que o retorno em 2021 seja mais efetivo por parte da comunidade acadêmica pois “a escola em si não gera contaminação”, afirmou.
Questionado sobre o aumento de matrículas para o ano letivo em 2021 e migração de alunos da rede privada para a pública, o secretário disse ser normal devido à crise econômica que muitos pais enfrentam no momento atual. Ele estima que 30 mil alunos migrem do ensino privado para o público neste ano. Na avaliação de Karam, “o grande gargalo será na rede pública municipal”, por conta do fechamento de inúmeras escolas de educação infantil particulares.