Após doze dias de greve, os funcionários da empresa Sogal, que opera as linhas de transporte coletivo em Canoas, retornaram ao trabalho. Isso porque a companhia firmou, nesta terça-feira (5), um acordo junto à prefeitura da cidade – solucionando o impasse financeiro que impedia a retomada total da circulação dos ônibus.
O acordo, mediado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), foi debatido em videoconferência. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PSD), se comprometeu a comprar antecipadamente vales-transporte da Sogal no valor das parcelas em atraso junto aos empregados. O Poder Público vai desembolsar mais de R$ 1 milhão com a medida.
A ideia da prefeitura é distribuir esses vales entre trabalhadores desempregados, dentro de um programa de auxílio emergencial municipal que será encaminhado como projeto de lei à Câmara de Vereadores do município nos próximos dias. O pagamento será realizado em três parcelas – sendo o primeiro depósito, de R$ 789 mil, agendado para o dia 12.
O montante possibilitará a quitação integral do 13º salário de 2020 dos empregados da Sogal. Até 12 de fevereiro, serão injetados na empresa mais R$ 102 mil, que equivalem à dívida do vale-alimentação de março de 2020. Por fim, até 12 de março serão destinados mais R$ 137 mil, valor que servirá ao pagamento das horas extras de março de 2020.
Linhas estavam operando de forma parcial
A greve na Sogal iniciou em 23 de dezembro, com os trabalhadores reivindicando o pagamento de salários e benefícios atrasados. Diante do impasse e visando à manutenção do serviço essencial à comunidade, a desembargadora Carmen Gonzalez proferiu liminar determinando aos trabalhadores a circulação mínima, durante a greve, de 55% da frota.