O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira que o Instituto Butantan vai ter recebido 10,8 milhões de doses da CoronaVac até o dia 31 de dezembro. O número vai ser alcançado com o recebimento de 7,5 milhões de doses nas próximas semanas, em três voos vindos da fábrica da parceira do Butantan, a Sinovac Biotech, em Pequim, na China.
O primeiro e maior lote chega a São Paulo na quinta-feira, com 5,5 milhões de doses. Em seguida, no dia 28, serão mais 400 mil. O último carregamento do ano, de 1,6 milhão chega no dia 30. O Butantan já trabalha no envase de mais de 3 milhões de doses cujos insumos chegaram nas últimas semanas.
O pedido de registro definitivo e autorização de uso emergencial da CoronaVac deve ser apresentado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na quarta-feira, junto com solicitações ao órgão regulador chinês. A Anvisa estipulou um prazo de dez dias para dar um parecer sobre o uso emergencial. Já o registro sanitário é mais demorado.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, lembrou ter assinado o acordo com a Sinovac em 10 de junho e ressaltou a velocidade com que a vacina já está disponível. “Passados seis meses, temos vacinas sendo produzidas, temos vacinas em estoque para atender o Brasil. Anunciei por várias vezes, às vezes com descrédito de muitos que nos assistiam, que esta poderia ser a primeira vacina do Brasil. Felizmente, acho que acertamos e estamos muito próximos de ver essa vacina ser usada em massa pela primeira vez aqui no Brasil.”
O governo de São Paulo também vai iniciar uma série de 27 pregões para a compra de 100 milhões de seringas e agulhas. O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, garantiu, no entanto, que São Paulo já conta com 21 milhões de seringas destinadas a iniciar a campanha de vacinação, prevista para 25 de janeiro.