Saúde nega ter se manifestado pelo confisco de vacinas contra Covid

Ministério afirmou, em nota, que programa que conta com apoio das secretarias estaduais e municipais vai nortear processo de imunização

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Ministério da Saúde emitiu uma nota, no fim da tarde desta sexta-feira, ressaltando que em “nenhum momento” se manifestou pelo confisco ou requerimento de vacinas adquiridas pelos estados para combater a Covid-19.

De acordo com a pasta, todas campanhas nacionais de vacinação, coordenadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) ocorrem com o apoio das secretarias estaduais e municipais de saúde. “Dessa forma, é possível garantir que as vacinas cheguem a todos os estados/municípios e que o trabalho possa ser realizado com eficiência”, completa o documento.

O ministério recorda ainda que o programa acumula 47 anos de campanhas bem-sucedidas e, por isso, vai nortear a vacinação contra a Covid-19. De acordo com a pasta, a situação de imunização dos brasileiros vai ser acompanhada via aplicativo. O Conecte SUS, conforme a nota, deve ter a “funcionalidade de uma carteira de vacinação virtual”, essencial para saber “quantas doses foram aplicadas e de qual imunizante e, consequentemente, garantir a saúde dos cidadãos e o sucesso da campanha nacional”.

A possibilidade de confisco, citada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, após uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, gerou reação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Ele escreveu em uma rede social que a proposta “demonstra dose de insanidade” por parte da União. “Esta proposta é um ataque ao federalismo. Vamos cuidar de salvar vidas e não interesses políticos”, criticou.