A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (9) a etapa “Em Nome do Filho” da Operação Innocentia, que tem como objetivo o combate à pedofilia bem como a exploração sexual infantil, armazenamento e compartilhamento de materiais contendo imagens com crianças e adolescentes vítimas. A ação foi realizada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas, sob comando do delegado Pablo Queiroz Rocha.
Estão sendo investigados quatro suspeitos. Três deles foram presos em flagrante durante o cumprimento de cinco ordens judiciais em Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo. Um dos detidos é empresário e foi flagrado com mais de R$ 25 mil em dinheiro e vasto material de pornografia infantil, inclusive nudes de bebês.
Equipes do Instituto-Geral de Perícias participaram junto para confirmar as provas encontradas nos computadores nas residências dos suspeitos. Equipamentos de informátiva e mídias foram recolhidos.
As investigações duraram em torno de dois meses. O titular da DPCA ressaltou que, com o contexto da pandemia, as redes sociais e os meios eletrônicos ganharam ainda maior relevo no intercâmbio de informações e troca de materiais pela internet. Com igual força, constatou, a criminalidade se utilizou dos meios eletrônicos.
O delegado Pablo Rocha disse ainda que jogos, chats e mídias sociais têm sido utilizados para a prática de atos de assédio a crianças e adolescentes e à disseminação de material pornográfico, sendo que os pedófilos aproveitam do “pseudo anonimato” da internet para o cometimento dos crimes sexuais.
Já o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM) delegado Mario Souza, enfatizou a “importância da repressão qualificada ao cyber crime, em especial nos tempos de pandemia” e que a “proteção aos grupos vulneráveis, caso de crianças e adolescentes, é mais do que uma exigência legal, mas sim um imperativo, que tem norteado ações não só das delegacias especializadas mas também de todas as delegacias subordinadas à 2ªDPRM”.