Uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) estima que até o final do primeiro trimestre de 2021 as indústrias devem sanar os problemas relacionados à falta de matéria-prima e insumos. Os dados foram divulgados pela Fiergs em coletiva de imprensa nesta terça-feira. De acordo com o presidente da entidade, Gilbeto Petry, as fábricas gaúchas foram diretamente afetadas pela pandemia, ocasionando em um aumento de demanda em meio a um ciclo industrial prejudicado.
“A indústria tinha um ciclo de produção e estavam as fábricas tudo operando com seus estoque normais até fevereiro. Daí teve uma crise no Brasil e o primeiro grande impacto é quando o presidente Bolsonaro esteve nos Estados Unidos, e na volta o assessor estava contaminado. Então, com base nisso aí, as indústrias tiveram que fechar e vieram os decretos, as indústrias pararam de produzir. Não vamos produzir pra fazer estoque e depois tinha que sustentar estoque com dinheiro bancário. Agora no momento que houve essa injeção de dinheiro e esse crescimento, claro que ocorreu uma demanda por mais produtos. Daí o produto fica disputado na lei da oferta e da procura, ocorrendo essa elevação de preços”, afirma.
Já sobre a recuperação dos setores para o ano que vem, o presidente acredita que o setor de alimentação deve seguir em crescimento, enquanto que os outros setores dependem da queda da pandemia.
“Vai depende fundamentalmente da recuperação da economia em função do que o mercado demande. A demanda do mercado vai vim do que a economia vai propiciar. Que as pessoas saiam mais, viagem mais. O setor de turismo, por exemplo, foi muito afetado nesse ano, e ele é fundamental que tenham seguranças protocolares e efetivas como a vacina para a pessoa se sentir estimulada a sair”, destaca.
Outras medidas no cenário nacional como possibilidade de andamento nas reformas tributárias, bem como o controle da inflação também foram mencionadas pela Fiergs como balizadores para o desempenho da indústria em 2021.