O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta-feira, em coletiva de imprensa, que os paulistas vão começar a ser vacinados contra a Covid-19 em 3 de janeiro. Segundo Doria, 46 milhões de doses da CoronaVac — vacina contra a Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac — estarão disponíveis em São Paulo até o dia 1º.
Após a chegada da segunda remessa da vacina, nesta quinta, o estado passa a dispor de 1,12 milhão de doses neste momento.
Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas afirmou na coletiva que, com a chegada de hoje dos 600 litros para a produção de um milhão de doses da vacina, São Paulo vai ter, pela primeira vez no país, a matéria-prima que permite “a produção da primeira vacina contra o coronavírus em solo nacional já a partir de segunda-feira da próxima semana”.
Outra confirmação durante a coletiva foi a de que, a partir desta sexta-feira, começa o aumento da fiscalização da fase amarela do Plano SP, com o adicional de mil fiscais a esse trabalho. Como informou o secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, os agentes vão às ruas e estabelecimentos para evitar aglomerações, conferir o uso de máscaras e o respeito ao distanciamento social.
Críticas ao governo federal
Durante a coletiva, João Doria ainda aproveitou para criticar o governo do presidente Jair Bolsonaro, que indicou para março o início da imunização contra a Covid-19.
Para Doria, “se o Ministério da Saúde tiver juízo, competência e a visão de que a vacina é para todos os brasileiros”, pode oferecer a dose a outros estados antes do previsto. Ele também declarou que se sente indignado diante da previsão da vacina, em todo o país, só a partir de março de 2021.
“É surpreendente essa indiferença, esse distanciamento (com a população), essa falta de compaixão com a vida dos brasileiros. Por que iniciar a imunização em março quando podemos fazer em janeiro?”, questionou o governador.