A solenidade, no campus da Universidade de Cruz Alta (Unicruz), contou com a presença do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho, que representava o Governo do RS na solenidade. “Já temos 18% de área colhida no Rio Grande do Sul neste momento e a nossa expectativa é de uma colheita boa, conforme a Emater estimou para este ano”, disse Covatti Filho.
Na avaliação do gerente da Emater/RS-Ascar da região de Ijuí, Carlos Turra, o trigo é um bom negócio, especialmente quando implantado com vistas a melhorar a fertilidade do solo. “A cultura do trigo, integrada em sistemas de rotação de culturas, contribui efetivamente na manutenção e melhoria da fertilidade química e física do solo, no controle de doenças, pragas e plantas daninhas e no aumento da eficiência de uso de maquinário, mão de obra e insumos na propriedade rural, sendo fundamental para a sustentabilidade da agricultura brasileira”, afirmou Turra.
Também participaram do evento o deputado federal Pedro Westphalen, que representava a Câmara Federal, o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno, Hamilton Jardim, o coordenador regional da Seapdr, Uilian Cargnelutti, o presidente da Associação Fenatrigo, Airton Becker, o presidente da 16ª Fenatrigo, Moacir Medeiros, e o reitor da Unicruz, Fábio Dal Soto.
NÚMEROS
A projeção da Emater/RS-Ascar aponta crescimento de 20,34% na área (915,7 mil ha) cultivada com trigo nesta safra, em relação à safra do ano passado (760,9 mil hectares). Em relação à produção, a primeira estimativa é de que as lavouras gaúchas deverão produzir 2.189.837 toneladas, isso representa 4,23% a menos do que as 2.286.672 toneladas colhidas no ano passado, segundo o IBGE. O preço médio da saca de 60 quilos, praticado na semana de 12 a 16 de outubro no Rio Grande do Sul, é R$ 62,13.
Em Cruz Alta, existem 18 mil hectares cultivados com o grão. Na expectativa da extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Larissa dos Reis, deverão ser colhidos três mil quilos por hectare.
No mundo, a tendência também é de crescimento da área de trigo, 0,8% na safra 2019/2020 em relação à safra anterior, totalizando 217,2 milhões de hectares. Em relação à produção, a expansão foi na ordem de 4,5%, totalizando 764,5 milhões de toneladas, acompanhando a tendência de alta no consumo mundial de trigo (752 milhões de toneladas), conforme relatório divulgado em fevereiro deste ano, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)¹.
A produção mundial de trigo na safra 2020/2021 é estimada pelo USDA em 773,1 milhões de toneladas, aumento em relação à safra anterior, quando foram produzidas 764,5 milhões de toneladas.
O Brasil permanece na 16ª posição no ranking dos maiores produtores mundiais, com produção estimada pelo USDA de 5,2 milhões de toneladas de trigo. Os cinco maiores produtores mundiais são a União Europeia (154 milhões/t), China (133,5 milhões/t), Índia (103,6 milhões/t), Rússia (73,6 milhões/t) e Estados Unidos (52,2 milhões/t). O Brasil é importante produtor mundial, com produção estimada pela Conab de 6,8 milhões de toneladas de trigo em 2020.