A coligação “Muda Porto Alegre” (PCdoB-PT), encabeçada por Manuela D’Ávila e Miguel Rossetto na corrida à prefeitura da Capital, aguarda o julgamento do recurso que pede autorização para a apresentação virtual de Caetano Veloso em prol da campanha. A ação foi encaminhada à 161ª Zona Eleitoral na quarta-feira (13).
O argumento é de que o valor do ingresso definido pelo artista, no valor de R$ 30, está dentro do preço encontrado no mercado. Ainda segundo a peça, os valores eventualmente arrecadados serão doados à campanha, com registro na Justiça. Os custos referentes ao show serão contabilizados como gastos de campanha.
A apresentação foi questionada pelo também candidato à prefeitura, Gustavo Paim (PP), que ingressou com o pedido de cancelamento. Segundo a coligação “Porto Alegre Pra Ti” (PP-Avante), a transmissão pode ser enquadrada como um showmício – artifício proibido desde as eleições de 2006.
Por outro lado, a defesa de Manuela D’Ávila classifica a apresentação como “um evento de arrecadação de recursos” – não se enquadrando no escopo de proibição. “O acesso a show, seja presencial ou virtual, por meio do pagamento de ingresso, sob nenhuma hipótese, pode ser considerado “benesse” para fins de incidência da vedação”, argumenta.
Evento também pode beneficiar Boulos
Caetano Veloso pretende reverter a verba arrecadada às campanhas de Manuela, em Porto Alegre, e de Guilherme Boulos, que concorre à Prefeitura de São Paulo pelo PSol. O artista usou as redes sociais para defender a legalidade da apresentação – bem como manifestar apoio público às candidaturas.