O Instituto-Geral de Perícias deve esclarecer agora a causa da morte da dentista Bárbara Machado Padilha, 32 anos, cujo corpo foi encontrado na tarde desta quarta-feira em um matagal de difícil acesso, distante cerca de 300 metros da BR 158, em Santa Maria.
Uma equipe do IGP esteve no local após ser acionada pela Polícia Civil que aguarda os laudos para inclusão no inquérito conduzido pelos delegados Sandro Meinerz e Adriano de Rossi após o desaparecimento da vítima no final da tarde de sábado passado em Tupanciretã, onde residia com o marido.
A necropsia foi realizada no Posto Médico-Legal de Santa Maria. Em Porto Alegre, o Departamento de Perícias Laboratoriais do IGP realiza os exames complementares. A localização do corpo ocorreu graças à a cadela Juju, um dos cães farejadores do 4º Batalhão de Bombeiros Militar que atuaram nas buscas desde a última segunda-feira.
O trabalho mobilizou também a Polícia Civil e a Polícia Rodoviária. Um indicativo de que a vítima poderia encontrar-se na região foi a descoberta de pegadas de botas compatíveis com a usada pela dentista. O último rastreamento do sinal do telefone celular dela, verificado no início da manhã de domingo, também apontou para a área. O aparelho e a bolsa da dentista não foram encontrados.
Em nota oficial, a Polícia Civil observou que “o corpo não apresentava nenhum sinal de violência, apenas arranhões decorrentes da mata extremamente fechada e densa que ela atravessou para chegar até aquele local”.A instituição lembrou que “foram mais de 80 horas de muito trabalho, que envolveu policiais civis da DP de Tupanciretã, DPHPP de Santa Maria, DEAM de Santa Maria, SIPAC da Delegacia Regional de Polícia, Corpo de Bombeiros e PRF”.
De acordo com a família da dentista, ela apresentou comportamento incomum nos últimos dias. Estava quieta e tinha parado de frequentar a academia de ginástica e o instituto de beleza. “Tentamos levá-la a um psicólogo, mas ela não aceitou”, recordou o marido.
Desaparecimento
Bárbara Machado Padilha foi vista pela última vez na noite de sábado no trevo do Castelinho, no entroncamento da ERS 509, BR 158 e BR 392, em Santa Maria. Ela permaneceu em torno de meia hora em uma loja de conveniência de um posto de combustível e saiu a pé com destino à avenida Osvaldo Cruz.
Imagens de uma câmera de monitoramento externa do estabelecimento no local mostram que a vítima estava sozinha ao deixar o local, após comprar chocolate e água. A dentista também havia sido vista atravessando uma ponte e depois uma câmera de segurança de um estabelecimento comercial flagrou-a caminhando sozinha, em local escuro, na direção de onde foi localizada.
Na tarde de sábado passado, a dentista deixou o escritório de advocacia do marido na área central de Tupanciretã. Ela não chegou na residência do casal. Em torno de duas horas depois, o marido foi para a casa e não a encontrou. A bolsa com documentos não foi levada junto. A porta estava aberta e a chave estava caída no solo. Bárbara havia contratado um motorista de aplicativo que trabalha com carro executivo para levá-la de Tupanciretã até Santa Maria.