A comissão que analisa o processo de impeachment do prefeito de Porto Alegre na Câmara Municipal só deve voltar a se reunir no fim desta semana. Inicialmente, havia a expectativa de que o encontro acontecesse amanhã, mas um atraso na entrega da notificação de reinício dos trabalhos impediu a retomada.
Nelson Marchezan Júnior (PSDB) ainda não foi informado, oficialmente, da decisão judicial que vetou a inversão na ordem dos depoimentos. A defesa do tucano havia pedido que os autores da denúncia fossem os primeiros a serem ouvidos, enquanto os vereadores entendem que o próximo passo é a oitiva das testemunhas de defesa.
Segundo o presidente da comissão processante na Câmara, vereador Hamilton Sossmeier (PTB), o secretário de Saúde da Capital, Pablo Stürmer, deve depor às 10h de quinta-feira (31). “Esperamos que consigamos (retomar os trabalhos), pois é uma enxurrada de liminares”, comentou.
Comissão tem até novembro para encerrar análise
A análise do impeachment de Marchezan, que ficou interrompida por quase um mês, foi alvo de uma série de liminares nas últimas semanas. Desde que a Justiça autorizou o andamento da ação, no último dia 18, pelo menos dois mandados de segurança foram impetrados para alterar pontos do processo.
Denúncia
Marchezan, que é candidato à reeleição ao cargo de prefeito de Porto Alegre, é denunciado pelo suposto uso de recursos do Fundo Municipal de Saúde para o pagamento de gastos com publicidade. Segundo a denúncia, o valor total da operação chegou a aproximadamente, R$ 2,4 milhões.