Até novembro, Porto Alegre deve contar com 103 unidades de saúde administradas pela iniciativa privada. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (24), em entrevista coletiva conduzida pelo prefeito da Capital, Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Ao todo, 60 novos contratos vão ser formalizados nas próximas semanas.
A troca na gestão da Atenção Primária à Saúde na cidade começou no ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) classificou como inconstitucional a existência do Instituto Municipal da Estratégia de Saúde da Família. A extinção do órgão foi parar na Justiça, que determinou a demissão de todos os servidores ainda vinculados ao Imesf.
Segundo o Executivo, os 1291 funcionários que não ainda foram notificados do desligamento serão avisados nos próximos dias. A tendência é de que eles sejam contratados pelas novas administradoras do sistema – como já aconteceu nos 43 postos atualmente sob o controle da iniciativa privada em Porto Alegre.
Novo mapa das unidades de saúde
Associação Hospitalar Vila Nova, Hospital Divina Providência e Santa Casa de Misericórdia vão dividir a administração das 103 unidades cedidas pela Prefeitura de Porto Alegre à iniciativa privada. Contratadas por R$ 16,5 milhões, as entidades vão ficar com 25, 35 e 43 postos cada.
No ano passado, 37 equipes de atenção primária estavam sem médico. O objetivo é chegar ao fim de 2020 com esse número zerado. Com a novidade, o número de consultas oferecidas à população deve saltar de 64.318, em dezembro de 2019, para 99.165 no final desse ano.
O acordo firmado pelo Poder Público com as empresas tem validade de 12 meses, renováveis por um período igual dependendo da avaliação da parceria. “Mesmo com a crise econômica, crise social e a pandemia, esperamos manter essa conquista para cidade”, afirma o prefeito Nelson Marchezan Júnior.
Marcação remota de consultas
Outra aposta é a possibilidade de que os moradores da Capital marquem as suas consultas por um aplicativo no celular. Apenas seis unidades estão usando o sistema até agora. “As equipes estão mudando as suas agendas, do sistema anterior para o atual. A ideia é que toda a cidade possa agendar por aplicativo nos próximos meses”, explica o Secretário de Saúde de Porto Alegre, Pablo Stürmer.