Em um dia marcado por temores em relação à economia global, a moeda norte-americana superou a barreira de R$ 5,50 e fechou no maior nível em quase um mês. O dólar comercial encerrou a quarta-feira vendido a R$ 5,588, com alta de R$ 0,119 (+2,18%). Já a bolsa de valores fechou no menor nível em três meses.
Foi a quarta sessão seguida de alta do dólar, que fechou na máxima do dia. A cotação está no maior valor desde 26 de agosto, quando encerrou o pregão a R$ 5,612. Apesar da disparada da moeda norte-americana, o Banco Central (BC) não interveio no mercado.
A quarta-feira registrou ampla aversão a risco no mundo, depois de dados nos Estados Unidos e na Europa mostrarem desaceleração expressiva no crescimento da atividade empresarial. O desaquecimento ocorre em um momento a Covid-19 volta a registrar aumento de casos em economias avançadas, em meio à percepção de escassez de opções de ajuda pelos bancos centrais desses países.
No mercado de ações, o dia também se manteve tenso. O índice Ibovespa, da B3 (a bolsa de valores brasileira), encerrou a quarta-feira aos 95.735 pontos, com queda de 1,6%. O indicador está no menor nível desde 30 de junho.
A bolsa sofreu influência do mercado internacional. Em Wall Street, o índice S&P 500 recuou 2,37%, após dados mostrando que a atividade empresarial nos Estados Unidos desacelerou em setembro, afetada principalmente por serviços, enquanto continua o impasse no Congresso norte-americano para mais estímulos à economia.