O senador Flávio Bolsonaro não compareceu à acareação com o empresário Paulo Marinho, marcada para ocorrer na sede do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPF-RJ), no centro do Rio, nesta segunda-feira, sobre o suposto vazamento da Operação Furna da Onça.
De acordo com a assessoria de imprensa, como a defesa já havia sinalizado, Flávio tinha uma agenda para cumprir no Amazonas. O advogado do parlamentar entrou com uma petição para reagendar o procedimento para o dia 5 de outubro, no gabinete dele, em Brasília.
A acareação havia sido marcada para confrontar as versões já apresentadas na investigação. O empresário Paulo Marinho, que esteve na sede do MPF, hoje, reafirmou a posição dele aos jornalistas: “com certeza, alguém mentiu, mas não fui eu”.
Segundo a denúncia de Paulo Marinho, o então deputado estadual Flávio Bolsonaro recebeu informações de um delegado da Polícia Federal antes da deflagração da operação, em 2018. O parlamentar nega.
Na ação, os investigadores tiveram acesso a relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que identificaram movimentações financeiras atípicas em gabinetes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), entre eles o de Flávio.
A investigação da prática conhecida como “rachadinha”, devolução de parte dos salários de servidores aos políticos, prendeu o ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz.