A comissão especial que analisa o pedido de impeachment do governador afastado Wilson Witzel na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, hoje, por 24 votos, o parecer do relator, deputado Rodrigo Bacellar (SDD), pela continuidade do processo.
Bacellar afirmou, no relatório, que há fortes indícios de que o governador afastado tenha cometido crime de responsabilidade por meio do recebimento de vantagens indevidas no cargo. Witzel é acusado de participação em um esquema de desvio de recursos públicos destinados ao combate à pandemia de Covid-19 no estado do Rio. Por seis meses, ele teve o afastamento decretado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O texto segue agora para votação em plenário, onde pode receber emendas, ao longo de mais de uma sessão.
Para ser aprovado, o texto precisa do quórum qualificado de dois terços dos 70 parlamentares – 47. Caso a decisão da Casa seja pela aceitação da denúncia, vai ser formado um tribunal misto composto por deputados e desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado (TJRJ).
O que disse Witzel
Em redes sociais, o governador afastado disse que recebe “com respeito e tranquilidade a decisão da comissão da Alerj”. Witzel reforçou o discurso de inocência, dizendo ter sido acusado sem provas e sem direito à ampla defesa, inclusive no STJ.
Ele afirmou ainda que se tornou alvo de um “linchamento político” que vai deixar “marcas profundas no Rio de Janeiro”. Witzel encerrou a fala publicando: “a minha luta é pela democracia, é para que um governador eleito pelo povo possa prosseguir e concluir o seu mandato”.
