Quarenta e um mandados de busca e apreensão relacionados à Operação Laços de Família, do Ministério Público Estadual, foram cumpridos por agentes do MP, Brigada Militar e Polícia Civil na manhã desta quinta-feira. A maior parte das ações aconteceu dentro do sistema prisional, nas penitenciárias estaduais de Venâncio Aires e do Jacuí, além da Modulada de Charqueadas.
A força-tarefa também atuou, simultaneamente, nas ruas de Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Sapucaia do Sul. Segundo a investigação, que acontece sob sigilo, o esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro é comandado por três homens – todos presos. Há, também, indícios da participação de pelo menos outras trinta pessoas.
O promotor de Justiça Marcelo Dornelles afirma que, por enquanto, não é possível dizer há quanto tempo a quadrilha atua dessa forma. “É uma coisa que acontece no cotidiano. É da rotina deles, no dia-a-dia, trabalhar com o a venda de drogas e contatos. Mas, infelizmente, não temos como apurar os fatos anteriores”, ressalta.
A quadrilha tem como base a região do Vale do Sinos, que é um dos núcleos de repasse de drogas para todo o Estado. O montante arrecadado com a venda dos entorpecentes é colocado em circulação a partir do comércio. “Nós já tínhamos a informação da utilização de lojas de veículos e de roupas para ‘esquentar’ esses valores”, revela o promotor.
O Ministério Público estima que a análise do material recolhido hoje demore, pelo menos, 20 dias. Após o fim desse período, as informações recolhidas pelos agentes, principalmente nos celulares dos investigados, vão ser usadas na consolidação da denúncia.