Por orientação do PSC, Carmen Flores e Mazarópi retiraram as pré-candidaturas a prefeita e vice-prefeito de Porto Alegre. A empresária vai concorrer à Câmara de Vereadores pelo partido, que, ao todo, vai ter 33 candidatos ao Legislativo. Já o ex-goleiro do Grêmio decidiu ficar de fora do pleito. Apesar da saída da disputa, os dois confirmaram que não apoiarão nenhuma candidatura à prefeitura, que passa a contar com 12 nomes. Com a desistência de Flores, o pleito passa a três mulheres encabeçando chapas: Manuela d’Ávila (PCdoB), Juliana Brizola (PDT) e Fernanda Melchionna (Psol).
De acordo com Flores e Mazarópi, motivou a retirada da candidatura o entendimento de que se trata de um momento de fortalecimento do partido, principalmente para o processo eleitoral de 2022. “Estamos tomando uma decisão com coerência. Na realidade, temos um projeto para 22, que foi interrompido em 2018”, explicou a empresária, que, na eleição passada, concorreu a senadora pelo PSL. “Para isso, precisamos de tempo”, afirmou a candidata a vereadora, que entrou no PSC em março de 2020.
Em 2020, o PSC vai ter, ao todo, oito candidatos disputando prefeituras e 500 para vagas nas Câmaras de Vereadores. Mazarópi, que já exerceu outros cargos públicos, como o de vereador, optou por não concorrer ao Legislativo após a retirada da candidatura a vice-prefeito, mas continua no PSC. “Tomamos essa decisão por entender que esse momento era o da construção do partido, do fortalecimento na capital, e consequentemente, no Estado.”
Ao se definir como “bolsonariana de direita”, Carmen Flores afirmou que vê todas as candidaturas à prefeitura mais à esquerda, com exceção do PP, que enxerga como centro-direita. Por isso e por ainda não conhecer o projeto de outros candidatos, ela e Mazarópi disseram que, neste momento, não apoiarão nenhuma chapa. Um possível apoio deve ser dado a candidaturas que assumirem bandeiras como a geração de emprego, além do esporte, da cultura e do lazer como ferramentas para movimentar a economia.