Cerca de 59,7 milhões dos brasileiros (28,5%) contavam com plano de saúde, médico ou odontológico em 2019, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (4), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado não apresenta uma variação significativa em relação a 2013, quando 27,9% da população era coberta pelos convênios médicos.
Ao todo, quase metade (46,2%) dos que declararam possuir um plano de saúde disse pagar o benefício por conta própria. Outros 30,9% dividem os custos com os empregadores e 14,5% tinham o convênio arcado integralmente pelos patrões.
A cobertura de plano de saúde é similar entre homens (27,4%) e mulheres (29,5). Em relação aos grupos etários, observa-se que as crianças e jovens com até 29 anos apresentaram as menores proporções de cobertura. Já os brasileiros com mais de 30 anos registram porcentagens semelhantes de cobertura, todos próximos dos 30%.
A PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) aponta ainda uma relação direta entre a cor ou raça e nível de instrução e a cobertura de plano de saúde. Enquanto 38,8% das pessoas brancas possuem convênios médicos, o percentual de beneficiários desaba para 21,4% e 20,1% entre pretos e pardos, respectivamente.
Já em relação ao nível de escolaridade, verificou-se a cobertura dos planos de saúdes varia de 16,1% a 67,8%, percentual que varia de acordo com o nível de instrução, sendo o primeiro numero referente à população com ensino fundamental incompleto e o segundo, válido para aqueles com formação superior.
“As proporções também se mostram bastante díspares quando consideradas a condição de ocupação e as faixas de rendimento, o que pode ser um tanto previsível, dado que é necessário rendimento, poder de compra, para arcar com a despesa de saúde suplementar”, destaca a pesquisa.
Entre os que se declaram beneficiários dos planos de saúde, 77,4% avaliaram o convênio médico como “bom ou muito bom”. Segundo o IBGE, o valor indica “considerável satisfação em relação a esses serviços prestados”.