O Sindimetrô-RS e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) vão pesquisar o grau de contaminação para coronavírus nos trens da região metropolitana de Porto Alegre. Conforme o sindicato, os usuários de metrôs são mais suscetíveis à infecção, já que os trabalhadores dos serviços essenciais, em maioria, fazem uso desse meio de transporte.
O projeto prevê uma amostragem com 600 usuários do trem. A coleta de material vai ser realizada, em seis dias, nas estações de maior movimento. “Naturalmente é obrigação dos governos fazer essa testagem, mas como não fazem, nós tomamos a iniciativa”, disse o presidente do Sindimetrô, Luís Henrique Chagas.
Ainda segundo o dirigente, o sindicato começou, em maio, a testar os metroviários da linha de frente. Até o momento, foram testados 450 dos 800 trabalhadores. O Sindimetrô também aguarda decisão da justiça para o recurso que pede a testagem de todos os funcionários da empresa.
A Trensurb informou, em nota, que solicitou mais informações ao Sindimetrô-RS sobre a testagem. A empresa questiona a conformidade do vínculo da pesquisa com as universidades, já que o projeto não identifica os proponentes. A Trensurb também indagou o sindicato sobre os protocolos sanitários para realização dos testes, a identificação dos profissionais responsáveis técnicos pela testagem e das estruturas necessárias e, ainda, quem vai arcar com o custo de R$ 133.482,00 da pesquisa.