Conforme as Crendices de antigamente:
Diziam que as laranjas só adoçam depois do dia 24 de junho, pois conforme os de antanho, a fruta fica mais doce depois que São João faz xixi nas laranjeiras…
Na Sexta-feira Santa, “não presta” comer carne vermelha, só o peixe é permitido.Atividades como camperear, plantar, trabalhar com objetos cortantes ou que fizessem barulho,é considerado pecado tanto quanto sequer dar uma palmada nos filhos, por mais que aprontassem, porém no sábado era dia de tirar ” as aleluias” e aí os “mandinhos” pagavam por tudo que tivessem feito no dia anterior.
Bueno, diziam que uma mulher grávida não poderia passar entre os fios do alambrado, para a criança não nascer com o umbigo enrolado no pescoço.
Outra crença muito própria da época e lá em casa tem, era pregar uma ferradura na porta da casa para o azar não entrar.
Lembram desta? – quem contasse estrelas ou até mesmo apontasse com o dedo prá elas, ficava tapado de verrugas.
Antigamente as pessoas evitavam dizer que uma criança era bonita, pois se o fizesse estariam “botando” quebranto nela.Se por descuido tivessem dito, era preciso dizer “Benza Deus”, para evitar que o quebranto pegasse.
Se uma coruja cantasse próximo a casa, era prenúncio de “mau agouro”. Também acreditavam que quando nada dava certo era porque tinha caveira de burro ou algum sapo enterrado no lugar.
Por falar nisso, era motivo de azar colocar o pé esquerdo antes do direito ao entrar no pátio do cemitério.
Diziam que se uma criança ficasse de costas e jogasse o dente de leite sobre o ombro, encima do telhado da casa, o dente novo nasceria forte e parelho. Para isso devia antes repetir três vezes essa oração: “São João, São João. Tome este dente podre e me dê um são.”
Aqui no Itapuã, aparece antes de chover o tal bicho preto, um tipo de larva que se locomove uns por cima dos outros. Dizem que é prenúncio de chuva, sendo que ainda hoje são chamados de bicho da chuva.
Ainda existe a crença de que uma pessoa pode descobrir o veio de água para abrir poço ou cacimba, usando uma forquilha de madeira verde, sendo mais confiáveis as de pessegueiro ou marmeleiro. Pessoas mais antigas afirmam que ao aproximar de onde passa o aquífero a forquilha chega a tremer na mão.
Era costume também fazer o cumprimento invertido para a Aroeira, dizendo boa tarde pela manhã e bom dia à tarde, para assim evitar a alergia que ela provoca.
Yo no creo en brujas, pelo que las hay, las hay….