A Defesa Civil do Estado atualizou a contagem de afetados pela queda de granizo ocorrida na virada de terça (18) para quarta-feira (19). De acordo com o órgão, os danos em residências afetaram 1.431 pessoas em quatro municípios. Os estragos, entretanto, não deixaram feridos, desabrigados ou desalojados. Os relatos foram apenas de danos materiais, com telhas e lavouras atingidas pelas pedras.
A cidade mais prejudicada foi Pinhal Grande, no Centro gaúcho. Cerca de 200 residências foram destelhadas, com 800 pessoas impactadas. Além disso, estradas e cabeceiras de pontes foram danificadas pela enxurrada.
Granizo e situação de emergência
Em Jari, cidade com 3,5 mil habitantes, foram 520 pessoas afetadas. A prefeitura decretou situação de emergência em razão do granizo. Segundo o prefeito João Hohemberger de Oliveira, as telhas em estoque não foram suficientes para todos e o município precisou comprar mais material. Os gastos em reparo devem ultrapassar os R$ 200 mil. “Tudo através da Assistência Social, com recursos próprios, as mil folhas [de telha] que tínhamos em estoque e mais essas 3,5 mil que vão ser adquiridas”, afirmou. “O custo estimado, inicialmente, só em materiais, vai acima de R$ 200 mil”, projetou o prefeito.
No início do ano, Jari já havia decretado situação de emergência. No entanto, o fenômeno climático que motivou aquela decisão foi a estiagem. O granizo desta semana destruiu também parte da plantação de fumo do município. O prefeito João Hohemberger de Oliveira relatou a situação de desespero das famílias prejudicadas pela ocorrência. “Imediatamente, já começamos a receber ligações do pessoal do interior, bem desesperado, muitos até chorando”, destacou.
Quatorze residências foram atingidas pelo granizo em Toropi e outras quatorze em Lagoão. No primeiro município, os danos afetaram 56 pessoas; enquanto, no segundo, foram 55 impactados. As cidades de Rio Pardo, São Francisco de Assis e Nova Esperança do Sul não relataram maiores problemas ao sistema da Defesa Civil.