Formalmente, o governo federal reconheceu o Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira, como área livre da febre aftosa sem vacinação. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, assinou o termo de compromisso na presença do governador Eduardo Leite, em reunião realizada em Brasília. Na semana passada, o Mapa já havia oficializado a mudança de status sanitário mediante instrução normativa. Agora, a mudança vai ser comunicada à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que concede a certificação da evolução do status sanitário. A expectativa é abrir mercados de excelência ainda não explorados, como Japão, Coreia do Sul, México e Estados Unidos, por exemplo.
“Queremos ajudar a abertura de novos mercados, que pagam melhor, mas que exigem uma qualidade maior. Qualidade essa que o rebanho gaúcho tem graças ao trabalho de todos que se envolvem com o setor. É sempre uma enorme satisfação quando a gente tem Estados que estão caminhando para a excelência na sanidade e o RS entra agora nesse rol”, destacou a ministra. A decisão da OIE sai em maio, em Paris.
A estimativa é de que em torno de 12,5 milhões de cabeças, entre bovinos e bubalinos, deixem de ser vacinadas no Rio Grande do Sul. Até agora, era necessária a aplicação de 20 milhões de doses anuais de vacina. A imunização ocorria em duas etapas: rebanho geral e para animais com até 24 meses.
O aval do Mapa consta da Instrução Normativa 52, assinada pela ministra em 11 de agosto, que entra em vigor em 1º de setembro. O documento do Mapa também reconhece como áreas livres de vacinação os estados do Acre, Paraná, Rondônia e regiões do Amazonas e de Mato Grosso.
Além de Eduardo Leite, a comitiva gaúcha também contou com a presença do secretário da Agricultura, Covatti Filho, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ernani Polo, da secretária extraordinária de Relações Federativas e Internacionais, Ana Amélia Lemos, de o deputado federal Carlos Gomes, que representou a bancada gaúcha.