O homem preso na madrugada desta terça-feira, em Betim (MG), sob acusação de ter estuprado e engravidado a sobrinha de 10 anos, em São Mateus (ES), já tinha histórico de crimes antes do abuso sexual contra a menor de idade. Segundo informou a Polícia Civil em coletiva de imprensa nesta terça, a prisão se deu por associação ao tráfico de entorpecentes e posse ilegal de arma de fogo.
Em 2014, ele havia sido posto em liberdade para uma ‘saidinha’ e não retornou ao presídio, mas no ano seguinte a polícia o recapturou. Em 2018, voltou a ser solto, após a concessão de um alvará. Agora, vai responder pelo crime de estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de prisão. Com qualificadores, como o fato de ser tio da criança, o tempo de reclusão pode ser ainda maior.
Ainda de acordo com a polícia, a garota passa por um contexto de dificuldade social: com a mãe já falecida e o pai preso, ela é criada pelos avós, são ambulantes em uma praia do interior do Espírito Santo. Os delegados responsáveis informaram que o estado capixaba desenvolve uma equipe disciplinar que vai acompanhar e cuidar da criança.
Em Recife, capital de Pernambuco, após decisão do juiz Antonio Moreira Fernandes, da Vara da Infância e da Juventude do município onde ela mora, a garota teve a interrupção da gestação de cinco meses realizada com sucesso.
Divulgação de nome da criança é crime
Durante o último fim de semana, o nome da criança e outras informações sobre o local onde vive foram amplamente divulgados nas redes sociais, bem como o nome e os detalhes sobre o tio. Segundo a polícia, o setor de crimes cibernéticos vai apurar as publicações com informações a respeito da criança e do tio. Quem as divulgou vai responder criminalmente.