Devido à expansão de contágio pela Covid-19, o governo estadual classificou, de forma preliminar, 16 das 21 regiões gaúchas do mapa do Distanciamento Controlado com a bandeira vermelha, de risco alto para o novo coronavírus. Apenas as áreas de Santa Maria, Bagé, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado foram catalogadas com a cor laranja, de risco médio de contaminação. Desde o início da pandemia, o Rio Grande do Sul já soma 95 mil infectados, com quase 2,7 mortes.
Conforme o mapa preliminar da 15ª rodada, 397 municípios (do total de 497) foram classificados em bandeira vermelha, somando 9,6 milhões de habitantes – o equivalente a 85% da população gaúcha (total de 11,3 mi). Desses, 166 municípios, com 890 mil habitantes, podem seguir adotando protocolos de bandeira laranja, por não terem registrado, nas últimas duas semanas, nem óbitos nem novas internações.
Esse é o segundo pior cenário traçado pelo governo gaúcho desde a rodagem das bandeiras de risco. Em 17 de julho, ao divulgar o mapa preliminar na 11ª atualização, o governo classificou 18 das então 20 regiões com a bandeira vermelha.
A partir de agora, comitês regionais já podem definir regramentos mais brandos que os estipulados pelo governo. Após acordo firmado entre o Palácio Piratini e prefeitos, as cidades poderão definir protocolos próprios, como a liberação do comércio, desde que sejam instalados comitês, com a concordância de 2/3 dos prefeitos da região, e que os pedidos sejam justificados com dados técnicos e embasamento científico. As regras também não podem ser mais flexíveis que as da bandeira inferior. Até o momento, apenas as regiões de Taquara, Novo Hamburgo e Canoas encaminharam solicitações ao Piratini para abrandar o regramento da bandeira vermelha.
No fim de semana, até a manhã de domingo, recursos podem ser apresentados questionando as classificações. Na segunda-feira, o mapa definitivo é divulgado, entrando em vigor a partir de terça.