As vendas do agronegócio gaúcho para o exterior renderam menos na comparação entre o primeiro semestre de 2020 e o mesmo período de 2019. Neste ano, o mercado obteve 4,94 bilhões de dólares. No ano passado, o resultado das vendas foi de US$ 5,29 bilhões. A diferença representa 6,7%. A queda foi observada mesmo com a alta do volume exportado no período (4,6%).
Os dados foram divulgados pelo Departamento de Economia e Estatística da Secretaria Estadual do Planejamento. No monitoramento semestral da última década, apenas em 2010, as exportações da agropecuária renderam menos. Naquele ano, a comercialização dos produtos do setor trouxe US$ 4,28 bilhões ao Rio Grande do Sul. De 2011 até hoje, as exportações nunca ficaram abaixo de US$ 5 bilhões.
O setor com a maior baixa foi o de produtos florestais. Além de menor volume embarcado, o mercado perdeu 56,9% no rendimento das vendas. A exportação de fumo também sofreu queda, de 33% no valor comercializado. O mercado de carnes obteve os melhores resultados. A alta de 47,9% no volume vendido foi acompanhada do crescimento de 42,6% no valor exportado. A soja, por sua vez, cresceu 16,9% em recursos e 18,2% em volume.
Participação nas exportações
O Departamento de Economia e Estatística revela mudanças no perfil das exportações do agronegócio gaúcho. De acordo com o órgão, 43% das vendas vão para a China. O país é seguido por União Europeia, Estados Unidos, Coreia do Sul e Arábia Saudita. O pesquisador do DEE Sérgio Leusin Jr. observa que a participação chinesa vem aumentando no último período. “Neste semestre, a China ultrapassa a Arábia Saudita e se torna o maior comprador do setor de carnes do Rio Grande do Sul”, afirmou.
Na comparação do segundo trimestre de 2020 com o mesmo período de 2019, os números são melhores. As vendas de carne e soja puxaram para cima o montante das exportações, com saldo positivo de 5,2%. O lucro do período entre abril e junho foi de US$ 3,1 bilhões.